
A variante que aqui se apresenta é circular, com início e fim no
Candal e não vai à Srª da Piedade, uma vez que as viaturas ficam no ponto de
início. Atendendo à necessidade de vos apresentar o trajeto
adequado ao nosso grupo de caminhadas, faço a seguir uma descrição objetiva de
todo o trajeto.


Seguimos pelo meio de bosques de diversa natureza, desde soutos centenários
que povoam as inclinadas encostas viradas a noroeste até carvalhais e mesmo
algumas manchas de sobreiro, decaindo em beleza para alguns pinhais e também
ainda bastantes eucaliptais. O caminho, sempre trilho de pé posto, obriga-nos a
seguir em fila e a trepar ou saltar fragas de xisto que o tempo se encarregou
de deixar a nu. É preciso alguma atenção, principalmente nos dias com o piso
húmido ou molhado, por causa dos deslizes.
Tendo tudo isto em atenção, resta agora desfrutar de tanta beleza que
cada aldeia depois nos apresenta.
A primeira que se apresenta é Catarredor, uma aldeia a necessitar de uma intervenção urgente de recuperação orientada, que vá muito além dos ligeiros restauros feitos por um ou dois moradores que ainda por lá permanecem. Tem todo o potencial e merece esse investimento, pois as ruas, portas e janelas fazem um todo feérico que nos lembra outras histórias.

A última das localidade deste quarteto é Talasnal, hoje muito intervencionada e
explorada para fins turístico. É evidente que gostamos de ver as casas
restauradas, de poder comer um bom prato serranos num dos 3 restaurantes que
agora já possui e provar os produtos regionais ou apreciar o artesanato local,
mas já se nota uma globalização do mercado: os menus já têm ementas nada
típicas e o artesanato já tem algumas coisas made in China. E isso não parece
ser o futuro que se pretende. De louvar é a densidade populacional que a aldeia
tem hoje, recuperando parte da população (não obrigatoriamente a original) e
bastantes jovens. Se aquilo que digo anteriormente é o custo dessa renovação,
então que seja, porque vale a pena.
Depois do Talasnal temos uma descida de dificuldade considerável até
uma bifurcação que nos conduz de volta ao Candal ou então nos leva para o
castelo, com passagem pela mini-hídrica e a capela da Ermida. No nosso caso
seguimos para a direita, seguindo a levada durante mais de 1 km., até que somos
‘convidados’ a começar a subir.

Ainda baixamos até à ribeira e podemos contemplar a cascata e depois, finalmente, entramos no Candal pelo conjunto de casas abandonadas e hoje em ruínas que se observam ao longo no início do percurso. É uma perspetiva bem diferente daquela a que estamos acostumados.
Tipo de Rota - Circular
Extensão - 12.6 km.
Desnível - 602 / 617 m Ascendente / Descendente
Dificuldade – Média/alta
Duração - 6 horas
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