domingo, 27 de novembro de 2016

PR1 de Penacova - 1ª parte - Do Mondego ao Penedo e aos fornos de cal.

O PR1 de Penacova é, para qualquer época do ano, um percurso belíssimo, de paisagens de tirar o fôlego devido aos desníveis e consequentes panorâmicas e é também ... muito extenso. Para um dia de inverno ocupa quase todo o dia solar; para um dia de verão mata nas subidas. Assim sendo, nada melhor do que quebrar este percurso a meio e fazer uma das partes na primavera/outono e a outra no verão.
Para já, proponho-vos a 1ª parte. É um percurso circular de 11.2 km, que parte da ponte junto ao restaurante Côta e começa logo numa subida considerável até ao mirante Emygdio da Silva, um local privilegiado pela natureza. Foi construído no por este político e projetado por Nicolau Bigaglia em 1908. As colunas que o suportam foram trazidas do Mosteiro de Lorvão.
Dai se pode fazer uma primeira observação panorâmica sobre o rio, quer para montante, em direção a Vila Nova, quer para jusante, em direção à praia do Reconquinho, quer para a margem sul, onde se exibem orgulhosos os quartzitos que, mais acima assumem a configuração das 'Livrarias do Mondego'.

Atravessando o casco urbano, com belas ruas e bonitos recantos, cegamos ao largo central de Penacova, ao miradouro célebre pela Pérgola de Raul Lino. Daí, as perspetivas do rio alargam-se para jusante, até ele se escapulir na curva:


Em seguida. este PR segue para o parque verde de Carrazedos, onde se pode descansar, merendar e conviver nos espaços que convidam a estar.
Segue-se daqui em mais uma boa subida até alcançar a estrada municipal e, em plano menos acentuado atravessa-se a Cheira, derivando depois numas escadas para uma forte subida até ao Pendedo de Castro. Neste local observa-se uma das maiores vistas panorâmicas do Concelho. Daí de veem os moinhos da serra da Atalhada. O nome foi concedido para glorificar a memória do escritor Augusto Mendes Simões de Castro.
Mas não se pense que as subidas terminraram. Apesar de este ser o ponto mais alto do percurso. loho após uma descida em estrada de alcatrão somos obrigados a desviar à esquerda, por meio de eucaliptal e a realizar uma subida jeitosa. Esta sim, será a úlima. A partir daqui descemos sempre por cenário de floresta até à estrada e à ponte de Casal de Santo Amaro, a partir de onde seguiremos a margem direita da ribeira até a cruzarmos mais à frente e chegarmos aos Fornos da Cal. No início do século XX Penacova era considerada uma dos maiores produtoras de Cal Parda. A presença de matéria-prima, o calcário, foi um factor determinante para a construção de um conjunto de fornos na região. A maior extracção e produção realizava-se numa aldeia perto de da vila de Penacova - Casal de Santo Amaro. Uma parte destes fornos foi recuperada pelo Centro Recreativo desta localidade, com o apoio da Câmara Municipal de Penacova e foi introduzido um Núcleo Museológico, para homenagear os Cabouqueiros e os Carpinteiros da região.


A partir deste local será necessário regressar pelo mesmo trajeto (ou pela estrada), até passar por baixo da ponte que liga o IP3 à vila e seguir pela margem esquerda da ribeira, em direção ao Mondego. Passa-se por uma paisagem bucólica de águas rumorosas e mesmo á porta da bela casa da Quinta da Ribeira.
Chegados à povoação da Ponte encerramos esta primeira volta do PR1, após termos percorrido uns bons 11,2 km, com subidas e descidas consideráveis.
Mais tarde dar-vos-ei notícias da 2ª parte, plana e com muita água junto ao rio. Fica para o verão.
Em síntese:
Extensão do percurso - 11.2 km.
Grau de dificuldade - médio/elevado (3,5 em 5).
Perfil - Piso bom, estrada ou estradão e, raramente, trilho de pé posto. No sentido descrito, haverá 4 subidas consideráveis e 2 descidas. 
Ficheiro GPX - aqui.
Folheto - aqui.



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