As ideias nascem como os sonhos. Dizem até que têm uma mesma mãe. Quando lancei o desafio num post anterior, houve algumas pessoas que reagiram e senti que não iria sozinho. Fomos seis; da próxima seremos mais.
Dia1 - Saída de Coimbra e ataque à longa viagem que nos esperava. Entrada em Espanha por Badajoz - Sevilha - Ardales. Ardales é um belo povoado andaluz, com alguns vestígios do seu castelo árabe e, pareceu-nos, com muita gente simpática. Foi, de resto, a nossa base logística (ficámos nos 'Aparatemntos Ardales', a 6 km.
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Panorâmica de Ardales |
O
camping Ardales fica numa península interessante junto à albufeira, onde a água é sempre azul, devido às matérias em suspensão.
Fomos visitar as ruínas de Bobastro, perto, uma cidade árabe que, no séc. IX foi a fortaleza de um rebelde mouro, que ameaçava os senhores de Málaga. Da cidade destaca-se, hoje, o que resta da igreja moçárabe. Nunca terá sido acabada, mas sabe-se que foi consagrada e nela se celebrou a liturgia. O templo está escavado na rocha, com as marcações para alguns rasgos que não foram depois concluídos.
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Igreja moçárabe, em Bobastro |
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As caminhadas têm-me feito bem. Estou em metade do que era. |
Dia2 - O Caminito e Álora. O percurso do Caminito del Rey é hoje uma passadeira pedonal, segura, fácil de percorrer. O único senão serão as vertigens, mas é completamente seguro. Poderão ver algumas imagens que impõem essa majestade
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Aquilo no mei da parede também fomos nós |
De tarde visitámos Álora, mais uma bela povoação situada no sopé dos montes andaluzes. Tem um castelo moçárabe, restaurado, mas em que muito foi destruído pela construção de uma grande igreja e os mausoléus de família. Ao longe parece um pouco alfama.
Dia3 - Visita a Antequera. Além de ser uma cidade já grande, com imensos monumentos, Antequera é conhecida pelos vestígios pré-históricos que tem. Visitámos os dólmenes, destacando-se o de Viera, pela dimensão colossal das pedras que o compõem.
De Antequera avista-se, ao longe, uma formação rochosa a que costumam chamar 'o índio'. Dá para ver:
Num local central, é possível obter panorâmicas de 360º
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Descarreguem e visualizem toda a imagem |
Dia4 - Mérida e regresso. Mérida tocou-me pela visão de alguns monumentos e ruínas. Muito se poderia dizer, mas não era o centro da aventura...
Lições que ficam: somos apenas um momento e uma pequena peça na engrenagem do tempo e do espaço. Mais majestosa que todas as construções humanas é a construção da natureza. O desfiladeiro dos Gaitanes, escavado ao longo dos milhões de anos, é hoje visitado por causa da curiosidade e do génio humano, a mesma curiosidade em compreender a vida e a morte que levou os ancestrais de Antequera a construírem os dólmenes, os cidadãos do império a louvar deuses e homens em Mérida. Na outra face temos a violência que leva a construir os castelos e cidades fortificadas para, ora sim, ora não, os homens bailarem nos tronos do poder.
Fica a promessa de, em breve, lançar uma proposta de regresso, em grupo, a esses locais da Andaluzia, com um programa similar. Até breve.
Aparece pouca gente nas fotos :O)
ResponderEliminarUma aventura memorável ;)
ResponderEliminarJá há algum tempo que tomei conhecimento do Caminito e me deu muita vontade de o fazer. Deve ser um deslumbramento!
ResponderEliminarMarcaram a visita com antecedência?
Foi na semana anterior. E foi mais difícil porque fomos no 2º dia (primeiro sábado) da reabertura. As reservas fazem-se na página do Caminito:
Eliminarhttp://www.caminitodelrey.info/