domingo, 31 de janeiro de 2016

PR1_Fig_Foz_Rota dos Arrozais-Maiorca

Este percurso circular, tão perto de Coimbra, regista uma beleza singular, classificada por muito como elevada, geralmente entre 8 e 9 numa escala de 10.Fomos comprovar no último dia de janeiro e, realemnete vale a pena. Ainda será mais belo na época dos campos de arroz cheios de verde.
Sendo circular, o percurso permite começar onde der mais jeito. Assim fizemos e começámos a rota junto ao monte de Ferrestelo, uma elevação que faz geminação com o monte de Santa Olaia e onde o denso bosque testemunha a vegetação autóctone da região, antes dos desbastes e da entrada do pinheiro.

O som das aves era ensurdecedor, prova da existência de uma biodiversidade avícola excecional.

Após a saída. passa-se a A14 por baixo e segue-se pela antiga estrada empedrada que dá acesso a Maiorca, destacando-se, do património construído, a famosa Ponte dos Arcos.

Mais à frente, antes de entrar em Maiorca encontra-se o Parque do Lago, um parque de merendas e com vários lagos, onde se pode repousar, tomar uma refeição e apreciar os amigos patos e gansos que já estão habituados ao convívio.

Mairoca, como se sabe, é uma vila repleta de história. Destaca-se, ainda hoje, a sua igreja, o Palácio Conselheiro Branco e o Paço, com o seu Terreiro do Paço, datado do século XVIII.

Daqui, o percurso tem um ligeiro ascendente durante, aproximadamente, 1 Km, findo o qual entramos numa descida suave, com a mesma extensão, até voltarmos ao caminho de planície. A parte final do caminho começa exatamente na Fonte de Oliveira, onde devemos prestar atenção à hipótese de seguir duas vias distintas. Se a estação for de chuvas, então não devemos seguir em direção à passagem tubular sob a A14, porque ela enche de água e não tem bermas, obrigando a derivar mais de 500 metros à direita, a fim de se passar sobre a A14, na estrada que segue para Verride. É preferível seguir a estrada asfaltada direta para esse viaduto, poupando tempo e esforço, pois a paisagem é a mesma, só que fica à mão esquerda. Se não houver chuva, seguindo o percurso marcado, passaremos pela ponte do Arco Porqueiro até ao túnel por baixo da A14.

Depois do viaduto é possível seguir em linha reta para o meio dos campos de arroz, mas aconselho que se vire o mais possível à esquerda e se acompanhe a A14 até atingir novamente a passagem inferior (aonde deveríamos dar se não houvesse água) para, em seguida, volver à direita e contemplar a ponte mais antiga do baixo Mondego, a Ponte das cinco Portas, com mojões, uma construção belíssima.

Neste ponto, a rota recomenda que se siga em direção ao Rio e nos limites de Ereira se apanhe a estrada asfaltada em direção a Santa Olaia. Pessoalmente não recomendo, principalmente para caminhadas em grupo, porque essa via é bem movimentada e muito estreita, sem bermas. Será recomendável que, tão cedo se possa, se atalhe caminho por um dos estradões (são vários, todos paralelos ao da rota recomendada) que nos leve diretos ao fim do percurso. No Gpx que disponibilizo, atalhei no 3º, mas o ideal é fazê-lo no 1º, bem próximo e paralelo à A14.

No ponto de chegada, depramo-nos com as escadas que dão acesso à Ermida de Santa Olaia, em triste estado de abandono, junto à qual se encontram as ruínas da povoação castreja pré-romana, ainda de dimensão considerável.



PERFIL DO PERCURSO: 
Local: Maiorca
Ponto de Partida: Ou Monte de Santa Olaia ou Paço de Maiorca.
Distância percorrida - 12 Kms.
Tempo previsto -  3 a 3,5 horas.
Orientação - Sentido inverso ao dos ponteiros do relógio.
Dificuldade: Fácil. 1,5 em 5, sendo o meio ponto atribuído por causa da distância
Descrição: Pode ser feito nos dois sentidos. Dispensa o uso de bastões. Tem pontos de água em Maiorca e na Fonte de Oliveira.
Podem descarregar o folheto do percurso aqui.
E a rota em GPX aqui. (Abreviada em 1 km)

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Etapas do Caminho de Santiago pela Costa, a partir de Caminha/Valença

Tendo sentido algumas dificuldades na preparação deste Caminho, em 2012, julgo que será útil partilhar aqui um pouco da experiência e materiais que poderão ser úteis a quem pensa fazê-lo. Adianta-se a descrição dos aspetos logísticos, apenas, das 4 primeiras etapas, uma vez que no 4º dia entroncamos no Caminho Português  que vem de Tui a partir do momento em que chegamos a Redondela. Devo dizer que esta parte do caminho tem uma beleza ímpar, que nenhuma outra etapa consegue depois alcançar. deve ser feita devagar, fruindo as paisagens, a comida, os locais e as gentes.

1ª Etapa - Caminha - Mougás
Dependendo da época do ano, haverá ou não o ferry que atravessa a foz do Minho. No caso de estarmos numa época sem ferry, proponho que se dirijam à praça de táxis e negoceiem uma corrida até ao ancoradouro de Camposancos, do outro lado. Será algo entre os 25 e os 30 euros.
Será este o ponto de partida. recomendo que se bordeje a foz do rio, pois a paisagem é muito mais bela e tem passadiços de madeira. A etapa terminará em Mougás, onde há duas opções de alojamento: o Albergue privado "Aguncheiro" en Mougás  +0034 986361571/665 840 770 http://www.facebook.com/album.php?aid=25011&id=100001380133084&ref=mf  ou, no caso de se caminhar em autossuficiência ou em grupo, o Camping "O Muiño", onde um bengalow para 5 pessoas fica por 55 euros.
+34 986-361 600 http://www.campingmuino.com/.
Há um ponto de água à entrada de Oia.
Eis o GPX da etapa: Etapa1_Camposancos-Mougás

2ª Etapa - Mougás- A Ramallosa

Depois de Baiona surge A Ramallosa. Aí poderão alojar-se no Albergue Apostólicas en Nigrán  +34 986350654/986350328 ou, numa casa particular localizada mesmo em frente (de cor amarela, cuja proprietária é a D. Maria). Só há ponto de água em Baiona.
3ª Etapa - A Ramallosa - O Freixo
Esta etapa pode ser feita por dois percursos distintos, sendo um mais longo, mas mais belo, pela orelha do mar, e outro mais curto, mais interior. Ambos se encontram em Gontade e logo mais à frente derivamos para O Freixo, seguindo as setas verdes. No Freixo vive o Luís, um enorme entusiata deste caminho, uma das pessoas mais experientes e disponíveis para ajudar e acolher. O albergue no Freixo é um Refúgio da associação de moradores, mas tem tudo o necessário, menos cozinha. mas tem um bar da associação e geralmente o Luís  https://www.facebook.com/luis.freixo.12?fref=ts ajuda a preparar uma refeição quente partilhada. Podem consultar imensa informação no seu site: http://www.caminador.es/?page_id=117
Há pontos de água em Nigrán e em Coruxo.
Gpx da Etapa pelo interior: Etapa 3 - A Ramallosa - O Freixo
Eis o Luis a marcar o caminho, como uma estrela guia.

4ª Etapa - O Freixo - Redondela 
Uma vez que O Freixo fica descentrado relativamente à linha da Costa, há que entrar em Vigo por Sudoeste, encontrando dentro da cidade as setas amarelas de novo, que, após a subida do Calvário, nos levam à Traída das Augas, uma levada alta, que nos conduz até Redondela. Nesse percurso há 2 pontos com água, a fonte das moças e já na própria levada.

As restantes etapas já estão muito bem documentadas, mas deixo aqui os ficheiros em Gpx, segundo a divisão que decidimos tomar:

sábado, 23 de janeiro de 2016

XVIIª Caminhada da Bota Cansada


A caminhada do dia 21 de fevereiro vai ter como principais pontos de interesse:
O Buraco Roto - Conjunto de duas grutas, sendo uma delas uma exsurgência Cársica que debita grandes quantidades de água. (A cascata ainda não está ativa este ano, o que prova que a chuva ainda não foi tanta quanto se julga) https://www.publico.pt/local/noticia/espeleologos-vao-fazer-radiografia-da-gruta-do-buraco-roto-na-batalha-1686533
Neste local passamos para o outro lado do conjunto rochoso através de um pequeno túnel natural:
Após a subida íngreme e algumas dezenas de metros por um planalto, temos uma descida por escadas de pedra e madeira, onde se pode observar a Chaminé (formação curiosa provocada pela erosão da rocha) e a Pia da Ovelha, uma buraca parecida com as Buracas do Casmilo:

Passando ao outro lado do vale, teremos uma nova subida por uma carreiro de pé posto, atingindo a cota máxima da caminhada (400mts), de onde se pode ter uma visão excecional numa perspetiva de 360º. Veem-se as antigas pedreiras de onde, no século XV, foram retirados os grandes blocos de pedra usados na construção do Mosteiro da Batalha:

No regresso, pelo Vale da Pena e o Malhadouro, onde se continuam a observar formações extraordinárias, como esta, no Vale do Ventos:
O nosso ponto de apoio logístico, será a casa de Peregrinos, junto à Ermida da Nª Srª do Fetal e Capelinha da Memória,  Património Classificado.


PERFIL DO PERCURSO: 
Local: Reguengo do fetal (No dia 14 de fevereiro vai ser realizada na localidade comezaina do bucho)
Ponto de Partida: Santuário de Nª Srª do Fetal.
Distância percorrida - 6 Kms.
Tempo previsto - 3 horas.
Orientação - Sentido dos ponteiros do relógio.
Dificuldade: 3,5 em 5 (primeiros 1,5 Kms.) e 1/5 os restantes.
Descrição: Como podem observar, o percurso é pequeno, mas o tempo é largo. Dá uma média de 2Kms/hora. Mas tem de ser assim. Os primeiros 2 Kms não podem ser de caminhada: são, na realidade, uma progressão ascendente (e depois descendente) por degraus sulcados no calcário, com o apoio de corrimão, amigos e bastões. É seguro e não se torna difícil se for feito nesta lógica de ver, fotografar, ajudar e ir subindo (alguns caminheiros já fizeram algo similar ao subirmos para a Cova da Velha, na Fórnea).
Podem descarregar o folheto do percurso aqui.
E a rota em GPX aqui.
Outras informações: Página no facebook
Pormenores, inscrições e condições de inscrição: (email) botacansada@gmail.com