Sendo circular, o percurso permite começar onde der mais jeito. Assim fizemos e começámos a rota junto ao monte de Ferrestelo, uma elevação que faz geminação com o monte de Santa Olaia e onde o denso bosque testemunha a vegetação autóctone da região, antes dos desbastes e da entrada do pinheiro.
O som das aves era ensurdecedor, prova da existência de uma biodiversidade avícola excecional.
Após a saída. passa-se a A14 por baixo e segue-se pela antiga estrada empedrada que dá acesso a Maiorca, destacando-se, do património construído, a famosa Ponte dos Arcos.
Mais à frente, antes de entrar em Maiorca encontra-se o Parque do Lago, um parque de merendas e com vários lagos, onde se pode repousar, tomar uma refeição e apreciar os amigos patos e gansos que já estão habituados ao convívio.
Mairoca, como se sabe, é uma vila repleta de história. Destaca-se, ainda hoje, a sua igreja, o Palácio Conselheiro Branco e o Paço, com o seu Terreiro do Paço, datado do século XVIII.
Daqui, o percurso tem um ligeiro ascendente durante, aproximadamente, 1 Km, findo o qual entramos numa descida suave, com a mesma extensão, até voltarmos ao caminho de planície. A parte final do caminho começa exatamente na Fonte de Oliveira, onde devemos prestar atenção à hipótese de seguir duas vias distintas. Se a estação for de chuvas, então não devemos seguir em direção à passagem tubular sob a A14, porque ela enche de água e não tem bermas, obrigando a derivar mais de 500 metros à direita, a fim de se passar sobre a A14, na estrada que segue para Verride. É preferível seguir a estrada asfaltada direta para esse viaduto, poupando tempo e esforço, pois a paisagem é a mesma, só que fica à mão esquerda. Se não houver chuva, seguindo o percurso marcado, passaremos pela ponte do Arco Porqueiro até ao túnel por baixo da A14.
Depois do viaduto é possível seguir em linha reta para o meio dos campos de arroz, mas aconselho que se vire o mais possível à esquerda e se acompanhe a A14 até atingir novamente a passagem inferior (aonde deveríamos dar se não houvesse água) para, em seguida, volver à direita e contemplar a ponte mais antiga do baixo Mondego, a Ponte das cinco Portas, com mojões, uma construção belíssima.
Neste ponto, a rota recomenda que se siga em direção ao Rio e nos limites de Ereira se apanhe a estrada asfaltada em direção a Santa Olaia. Pessoalmente não recomendo, principalmente para caminhadas em grupo, porque essa via é bem movimentada e muito estreita, sem bermas. Será recomendável que, tão cedo se possa, se atalhe caminho por um dos estradões (são vários, todos paralelos ao da rota recomendada) que nos leve diretos ao fim do percurso. No Gpx que disponibilizo, atalhei no 3º, mas o ideal é fazê-lo no 1º, bem próximo e paralelo à A14.
No ponto de chegada, depramo-nos com as escadas que dão acesso à Ermida de Santa Olaia, em triste estado de abandono, junto à qual se encontram as ruínas da povoação castreja pré-romana, ainda de dimensão considerável.
PERFIL DO PERCURSO:
Local: Maiorca
Ponto de Partida: Ou Monte de Santa Olaia ou Paço de Maiorca.
Distância percorrida - 12 Kms.
Tempo previsto - 3 a 3,5 horas.
Orientação - Sentido inverso ao dos ponteiros do relógio.
Dificuldade: Fácil. 1,5 em 5, sendo o meio ponto atribuído por causa da distância
Descrição: Pode ser feito nos dois sentidos. Dispensa o uso de bastões. Tem pontos de água em Maiorca e na Fonte de Oliveira.
Podem descarregar o folheto do percurso aqui.
E a rota em GPX aqui. (Abreviada em 1 km)